Depois da
aprovação do relatório da Reforma da Previdência na comissão especial da Câmara
dos Deputados, o deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) acredita que a vitória
do governo será revertida no Plenário da Casa. “O governo ainda não tem os 308
votos necessários para aprovar o projeto. É preciso dar um ”calor’ nos
deputados favoráveis à proposta e nos indecisos. Só com a força da sociedade
vamos derrotar a retirada dos direitos dos trabalhadores”, destacou o parlamentar,
que acompanhou a votação da noite desta quinta-feira (3). O texto principal foi
aprovado por 23 a 14 votos.
Concluída a análise dos destaques da matéria, o texto
seguirá para o Plenário da Câmara. De acordo com Danilo Cabral, a expectativa é
de que a votação ocorra em duas semanas. “Nesse período, o governo irá tentar
convencer os deputados a aprovarem o texto, por isso, precisamos nos manter
mobilizados”, afirmou. O deputado, desde que o projeto chegou à Casa no fim do
ano passado, tem feito um enfrentamento contra a matéria. “Somos contra
qualquer medida que fira as conquistas da classe trabalhadora”, frisou.
Danilo Cabral também ressaltou os votos dos deputados do
PSB integrantes da comissão especial. Eles seguiram a orientação do partido,
que fechou questão contra a Reforma da Previdência. “O governo tentou
substituir os parlamentares, mas o PSB não permitiu e manteve sua posição”,
comentou. Os deputados dos partidos da base governista contrários ao projeto
que faziam parte do colegiado foram substituídos para que o Palácio do Planalto
assegurasse os votos para a aprovação do texto. “O governo mais uma vez usou o
rolo compressor, ‘tratorando’ o debate, que deveria ter sido feito de forma
ampla com a sociedade”, disse.
Para Danilo Cabral, com a Reforma da Previdência, o
governo Temer errou na forma e no mérito do projeto. “Defendeu um déficit que
não existe, podou o diálogo na Câmara e com a sociedade e jogou as contas nas
costas dos trabalhadores”, criticou. Ele acrescentou que falta ao texto, por
exemplo, a discussão sobre a cobrança de dívidas e de medidas mais rígidas para
inibir os devedores.
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